Se descartarmos a arte, o design, o áudio, a engenharia e todas as características que fazem um jogo se tornar um jogo, ser um jogador se resume a uma série de escolhas — sejam elas grandes ou pequenas. Na Riot, conversamos muito sobre essas escolhas: tanto as micro (fazer cliques a cada momento, farmar no LoL, ficar a postos em um ângulo no VALORANT, esse tipo de coisa) quanto as macro (Dragão ou Barão, composição no TFT, montagem de decks no LoR etc.). Nem sempre é possível comparar a vida real com um jogo, mas às vezes na Riot, quando pensamos sobre estratégias, usamos metáforas para nos ajudar a fracionar decisões grandes (que parecem impossíveis) em decisões administráveis e familiares.
Uma escolha familiar aos jogadores é a de decidir quando é hora de parar. Conquistar a vitória, fechar o dia com saldo positivo, dar GG e desconectar? Ou jogar mais uma e arriscar terminar a noite com uma derrota? Na noite em que escrevo isso, percebo que já sou CEO há pouco mais de quatro anos. Esses anos contaram com vitórias magníficas, vários empates e algumas derrotas dolorosas. Em meio a isso tudo, a resiliência e a dedicação dos Rioters com a comunidade foi o que nos fez persistir, insistindo em alcançar a próxima vitória. Então, agora que chegamos em 2022, gostaria de dar minha opinião sobre o A/M/A da nossa empresa e para onde iremos a partir daqui.
O ano de 2021 foi incrível para o mundo dos jogos, especialmente para a Riot: mais de 180 milhões de jogadores mensais de todas as partes do mundo jogaram os títulos da Riot; centenas de milhões de jogadores e novatos se juntaram a nós para curtir a primeira temporada de Arcane; tivemos o nosso Mundial mais assistido até hoje; realizamos nossos primeiros campeonatos mundiais de VALORANT, Wild Rift e Legends of Runeterra; ajudamos jogadores a arrecadar quase 12 milhões de dólares para a caridade; e muitas outras coisas. Vale ressaltar que os Rioters fizeram tudo isso durante uma pandemia, o que dificultou até mesmo alcançar as menores conquistas.
Seria tentador descansar depois dessa vitória e não tentar nada novo a partir de agora. Não arriscar. Repetir a mesma fórmula. Ser o tipo de empresa que investidores amam e jogadores odeiam.
Mas, quando ponderamos se devemos arriscar ou não, sabemos que só existe uma resposta possível. Nossa missão é ser a empresa de jogos mais focada nos jogadores do mundo. E essa missão é uma aspiração — uma coisa que sabemos que ainda não se concretizou, mas pode se concretizar um dia.
Então, para essa escolha macro, nos fizemos a seguinte pergunta: "O que a comunidade quer que nós ainda não entregamos? O que os nossos jogos precisam ter para serem as melhores representações possíveis dos seus respectivos gêneros? O que podemos fazer para tornar os Esports ainda maiores e melhores? Além de músicas e séries, que outras formas de expressão podemos adotar para os nossos universos? À medida que começamos a responder essas perguntas — e a muitas outras que nos fizemos —, começamos a criar listas muito longas e percebemos que estamos longe de alcançar tudo o que sentimos que podemos fazer pelos jogadores.
Então, o que faremos daqui em diante? Como vamos continuar superando as expectativas da comunidade? Como estruturamos a empresa para isso? E o que podemos fazer para que os Rioters continuem comprometidos com essa jornada?
A escalada
Muitas vezes, gostamos de comparar a temporada ranqueada dos nossos jogos com uma escalada. Você começa de baixo. Neles, o ranque mais baixo é o Ferro (que eu conheço muito bem). Mas, com esforço, você vai subindo lentamente nos ranques, na espera de um dia, talvez, poder se tornar o melhor dos melhores. Quer chamemos ele de Desafiante, Radiante ou Mestre, o topo é uma aspiração que todos sonham em alcançar. Uma das minhas animações favoritas tem a escalada como tema (a mais recente, que se concentra nas emoções ligadas aos obstáculos, também é fantástica, caso você ainda não tenha assistido),assim como o meu tema musical favorito do Mundial.
Dentro da Riot, também usamos essa metáfora para falar sobre nossos planos estratégicos de longo prazo. Não vou entrar em detalhes para não tornar as coisas maçantes, mas resumindo: se "a empresa de jogos mais focada em jogadores do mundo" é o pico de uma montanha, precisamos de algumas paradas ao longo do caminho para chegar lá.
Pense no lançamento do LoL como o início da escalada. Daí, ao longo dos anos, subimos lentamente a montanha, lançando Esports, criando música boa etc. Pouco depois de eu ter me tornado CEO em 2017, definimos uma visão para o futuro. Nosso foco principal era lançar jogos novos (finalmente fazendo jus ao "s" de Riot Games), tornar nossos Esports sustentáveis e plantar a semente do nosso universo cinematográfico; mas também contamos com um trabalho essencial de diversidade e inclusão, processos pessoais e financeiros, cultura e mais.
Hoje, estamos nos sentindo muito bem em relação ao nosso progresso nessa escalada. Temos cinco jogos ativos; nossos Esports estão no seu melhor momento; Arcane está presente nas telas do mundo todo; ultrapassamos 3 mil Rioters com a abertura de novos escritórios editoriais e estúdios de desenvolvimento; aprendemos a nos unir em torno de momentos como o RiotX Arcane; amadurecemos processos, cultura, planejamento, diversidade, inclusão e muitas outras funções de uma forma que Rioters, em pesquisas internas e externas, estão aprovando; e muitas outras coisas que eu poderia listar aqui.
O próximo passo
Então, se não vamos parar por aqui, o que vem a seguir?
Sempre vamos fazer jogos. Mas também achamos que, cada vez mais, essa é uma maneira ultrapassada de nos categorizar. Não queremos ser definidos pelas coisas que fazemos — queremos ser definidos pelas pessoas para quem as fazemos. Em outras palavras, preferimos pensar que não somos uma empresa de jogos, mas, sim, uma empresa de jogadores.
Os jogos sempre serão a parte mais importante de uma empresa para jogadores, mas sabemos que tudo que agrega a esses jogos é essencial para uma experiência completa. Sejam os Esports, que ajudam jogadores a aspirar à glória; ou programas de TV e música, que os ajudam a compartilhar os mundos que amam com pessoas que não têm o mesmo amor por jogos; ou até algo que ainda nem imaginamos, pensar nos jogadores significa mais do que apenas atualizar o jogo que eles amam.
Para qualquer pessoa que esteja lendo isso e se preocupando com a possibilidade de perdermos o foco e dispersarmos nosso ingrediente secreto, posso garantir que não é o caso. Na verdade, é o exato oposto: estamos nos concentrando em profundidade, não em amplitude. Pensando nos próximos anos, é claro que lançaremos jogos novos, teremos uma segunda temporada de Arcane (talvez mais?) e várias surpresas. Mas nosso público-alvo continuará sendo o mesmo de quando Brandon e Marc sonhavam com essa empresa sentados um ao lado do outro em suas cadeiras gamers: jogadores dedicados que se sentiram decepcionados por desenvolvedores que os deixaram de lado para perseguir o próximo grande sucesso. Preferimos fechar a empresa do que nos transformar nisso.
Nos últimos meses, nos encontramos com Rioters para conversar sobre a próxima parada na nossa escalada. Se acreditamos num mundo em que os maiores universos cinematográficos são baseados em jogos, a música mais popular começa nos jogos (alguém falou em K/DA?), os esportes mais espetaculares são os Esports e os jogadores são a força motriz por trás dos maiores momentos culturais, então o que devemos fazer nos próximos cinco anos para nos aproximarmos desse mundo?
Ninguém gosta de spoilers, então não vou entrar em detalhes hoje, mas, de modo geral, definimos cinco metas para os próximos cinco anos:
Nos tornarmos os melhores nos nossos gêneros: nossas equipes vão trabalhar juntas para continuar ouvindo os jogadores, resolver seus problemas, surpreendê-los e encantá-los, e levar nossos gêneros para o próximo nível.
Despertar o amor dos fãs: criaremos mecânicas de jogo inovadoras, eventos dentro dos jogos e recursos para elevar ao máximo a experiência dos fãs em Esports, TV, filmes, música, experiências ao vivo, produtos e muito mais.
Cultivar criatividade e inovação: tornaremos mais fácil, seguro e recompensador para Rioters assumirem riscos ousados, inovadores e criativos que aprofundam nossa conexão com os jogadores.
Criar jogos internacionalmente: a Riot vai inaugurar estúdios fora da nossa sede em Los Angeles para buscar talentos diversos nos melhores lugares do mundo.
Reinventar a experiência das transmissões: a Riot Esports continuará liderando o setor, revolucionando as transmissões de Esports e criando novas formas para espectadores participarem ativamente da experiência de ser um fã.
Você verá muito mais de nós no que diz respeito a esses objetivos nos próximos anos, mas hoje, quero focar menos no que vamos fazer a seguir e mais em como estamos organizando a Riot e alinhando Rioters para nos ajudarem a chegar lá.
Estamos falando, mais especificamente, de como estamos 1) reformulando a maneira como trabalhamos, 2) evoluindo nossa cultura para ir em direção aos nossos objetivos, 3) reconhecendo nosso passado e iniciando um novo capítulo, 4) recompensando os Rioters para que eles partilhem do sucesso da Riot e 5) garantindo que todos na Riot se sintam bem em relação a onde estamos indo e estejam comprometidos a contribuir para chegarmos lá.
1) Reformulando a maneira como trabalhamos (modelo operacional e modelo de trabalho híbrido)
Já passou bastante tempo desde que a Riot era uma pequena empresa independente, mas a verdade é que tem partes de ser uma pequena empresa das quais eu sinto falta. Talvez seja só nostalgia, mas me lembro de passar menos tempo em reuniões e mais tempo fazendo as coisas acontecerem.
Em 2020, iniciamos um projeto para repensar a estrutura da empresa e a forma como trabalhamos, e este mês estamos colocando esse trabalho em prática.
Tínhamos três objetivos:
Simplificar como trabalhamos: nosso crescimento acelerado levou a uma maior complexidade na forma como trabalhamos (por exemplo, incerteza em relação à propriedade da empresa, acionistas demais).
Promover colaboração: adoramos entregar projetos que mesclam produtos (RiotX Arcane, K/DA, Florescer Espiritual), mas não tínhamos os melhores processos e a estrutura para sustentá-los naturalmente.
Liderar a visão do produto: estávamos gastando muito tempo em outras coisas que não apenas criar coisas incríveis para os jogadores.
Nos primeiros anos da Riot, nos organizávamos por departamento (arte, design, produção etc.). Fazia sentido porque, naquela época, tínhamos apenas um produto principal, e a melhor maneira de aperfeiçoar esse produto era apostar nos Rioters aprimorando suas habilidades com a ajuda de seus departamentos. Nos últimos anos, passamos gradualmente a nos organizarmos de acordo com nossos produtos (LoL, Esports, LoR, Arcane etc.) e, mais recentemente, conforme nos preparamos para lançar esse plano de cinco anos, estamos fazendo uma transição plena para uma organização de produtos. Há alguns anos, não seria possível desenhar com precisão um organograma da Riot — mas agora, simplificamos tudo em cinco grupos operacionais (que chamamos de "pilares").
Três pilares terão foco em produtos: Jogos, Esports e Entretenimento. Cada um deles será centrado em entregar produtos que estão a serviço dos jogadores. Os outros pilares são Editoração e Corporativo. A Editoração oferece um arco consistente para jogadores em todos os produtos e sustenta os pilares dos produtos em escala global. Já o pilar Corporativo sustenta a Riot como um todo e facilita ao máximo essa entrega aos jogadores. Os pilares de produto e editoração têm seus próprios presidentes e equipes de liderança, enquanto o pilar Corporativo é dirigido pelo presidente da Riot.
Essa estrutura também complementa nossa abordagem em relação à modalidade de trabalho remoto. Como escrevi em dezembro de 2020, a pandemia nos ensinou que, mesmo conseguindo trabalhar juntos virtualmente e ainda atingir muitos dos nossos objetivos, os elementos que fazem de nós a Riot não podem ser replicados em uma tela. Por sermos uma empresa criativa, colaborativa e baseada em relacionamentos, trabalhar juntos pessoalmente, em equipe, é o que faz a magia acontecer.
Estamos comprometidos com o equilíbrio entre trabalho virtual e presencial como forma de preservar a nossa cultura e comunidade enquanto fazemos o melhor trabalho possível. Assim que tivermos a possibilidade de, finalmente, reabrir nossos escritórios, todos os Rioters terão três dias "essenciais" no escritório, com os outros dois designados como dias "flexíveis", em que poderão ir ao escritório ou trabalhar de casa, a seu critério.
Continuaremos abrindo novos escritórios editoriais e estúdios de desenvolvimento mundo afora, permitindo que talentos no ramo de jogos sejam Rioters também — afinal, dia mais, dia menos, haverá um escritório da Riot perto deles. Em 2021, anunciamos estúdios de desenvolvimento em Seattle e Xangai, e estamos de olho em alguns outros para anunciar em 2022.
2) Selecionando a equipe certa (ou seja: cultura)
Existem alguns jogos em que você ganha ou perde dependendo da formação da equipe. Se você não entrar com os colegas de equipe certos nas funções certas, a sua equipe pode estar condenada desde o início.
Conforme começamos a nos preparar para a próxima fase da nossa escalada, refletimos sobre as habilidades que precisávamos em cada rota e percebemos que, em vez de focar em pessoas específicas, construir a equipe certa, na verdade, se resume ao compromisso investido em cultura e missão.
Ao longo de tudo que fizemos na Riot, o que continuou a nos guiar foi a nossa missão: o compromisso de fazer a coisa certa para os jogadores.
Enquanto o mundo e a sociedade se tornam cada vez mais divisivos e empresas por toda parte apresentam dificuldade em manter sua identidade e promover uma colaboração saudável, achamos que é mais importante do que nunca recentrar os Rioters na nossa missão e na razão da existência da nossa empresa. Estamos pedindo para que os Rioters se comprometam com uma Riot em que todos se sintam apoiados. Uma Riot em que ideias recebem feedback produtivo, em que Rioters fazem perguntas difíceis de formas que promovem um diálogo saudável, em que todos aprendem e crescem a partir de perspectivas diversas e em que o foco está centrado nos jogadores de maneira indiscutível e implacável.
Nossa equipe de D&I (Diversidade e Inclusão) também está aperfeiçoando estratégias para fortalecer seu trabalho mais impactante. A equipe (que agora inclui nove Rioters dedicados) adicionou uma maior perspectiva de diversidade ao nosso desempenho, remuneração, pesquisas internas e processos de promoção; um aumento na representatividade da nossa força de trabalho e dos nossos produtos; e um progresso acelerado para tornar a Riot um ótimo local para todos trabalharem. Mas o trabalho ainda não acabou. No futuro, essa equipe ampliará seus esforços globalmente, aumentará o foco na inclusão e continuará trabalhando para alcançar diversos talentos e jogadores através dos nossos produtos.
Por fim, estamos refinando como nos envolvemos em questões externas. Vocês nos verão focando em ações em vez de palavras. Isso significa que veremos mais compromissos como o Underrepresented Founders Program (Programa de Apoio a Criadores Sub-Representados) e tomadas de medidas por meio do Fundo de Impacto Social da Riot Games, em vez de textões vagos no Twitter.
3) Dando início a um novo capítulo
Durante nossa pausa de fim de ano, anunciamos que conseguimos uma proposta de acordo para resolver o litígio de ação coletiva e as ações regulatórias da Califórnia em que estamos envolvidos desde 2018. Você pode ler nosso comunicado oficial sobre isso aqui, junto com a carta que compartilhamos com os Rioters.
Como compartilhamos com os Rioters há três anos, a Riot estava no centro do que se tornou um ajuste de contas na nossa indústria. Avançamos muito desde então — em nosso ambiente de trabalho, nossos processos e nossa liderança — e daremos continuidade a esse trabalho todos os dias.
Apesar de termos orgulho do quanto avançamos desde 2018, também devemos assumir a responsabilidade pelo nosso passado. Considerando as metas ambiciosas que temos para o futuro e as dezenas de milhões de dólares que gastaríamos todos os anos com advogados para ajudar a resolver esses casos — dinheiro que preferimos usar pagando as mulheres envolvidas nessa ação e investindo no futuro da Riot —, ficou claro durante estes últimos meses que o melhor desfecho para todos seria chegar a uma resolução.
Para que fique claro, não estamos pedindo para que ninguém esqueça esse capítulo e simplesmente siga em frente como se nada tivesse acontecido. Pelo contrário: as lições que aprendemos juntos nos últimos anos serão uma parte crucial da história de origem da Riot Games. Algo que vamos continuar ensinando como parte da nossa orientação de “desnovatização” (adaptação dos Rioters recém-chegados) e usar sempre para nos guiar em direção ao que é certo, para que os Rioters possam tornar a Riot o melhor lugar possível para se trabalhar.
4) Vencendo juntos (ou seja: compensação)
Conforme trazemos magia para jogadores de todo o mundo, queremos garantir que ser um Rioter continue sendo gratificante. Queremos que os Rioters amem o que fazem, mas não somos ingênuos e sabemos que um dos pontos mais importantes dos trabalhos é receber pelo que você está sendo pago para fazer.
Nossa meta é oferecer os empregos mais bem pagos da indústria de jogos. Isso significa não apenas pagar melhor do que a maioria dos estúdios de jogos, mas também estar em conformidade (e muitas vezes à frente) com nossos colegas das áreas de tecnologia, mídia, esportes, entretenimento e outras indústrias adjacentes.
Mas um bom salário e um bom bônus não significam muita coisa se você sente que o sucesso da empresa está superando o seu.
No final do ano passado, mudamos nossa abordagem de compensação em uma tentativa de garantir que nenhum Rioter será deixado para trás se a Riot continuar a prosperar.
Em dezembro, fizemos alterações no nosso modelo de incentivo de longo prazo para que a compensação pela aquisição de longo prazo seja paga parcialmente a cada ano com um montante fixo no final do último ano. Também decidimos mudar nossos modelos de remuneração para aumentar o foco no valor empresarial de longo prazo, em vez de metas de curto prazo, como lucratividade.
Por último, mas não menos importante, nossa acionista (Tencent) concorda com a nossa estratégia de longo prazo e está devolvendo parte da propriedade da empresa para os funcionários da Riot. No futuro, Rioters terão a oportunidade de ser donos de uma parte da empresa, juntamente com a Tencent e, assim, participar diretamente dos riscos e das recompensas dessa propriedade.
Estamos escalando rumo ao topo de uma grande montanha e, embora não haja garantias, queremos que todos que se juntarem a nós na escalada possam compartilhar desse sucesso se alcançarmos o que esperamos.
5) Expansão do "Queue Dodge"
Para muitas pessoas, ingressar na Riot é um emprego dos sonhos, mas às vezes, por qualquer motivo, esse sonho não funciona como planejado. Por vários anos, tivemos um programa chamado Queue Dodge (Abandono de Fila). É um programa que permite que qualquer pessoa saia da Riot nos primeiros seis meses e receba parte do salário para ajudar na transição para seja lá o que vier a seguir. Sem ressentimentos.
Conforme nos preparamos para a próxima fase de crescimento, vamos abrir o Queue Dodge por um período limitado para qualquer Rioter, independentemente do tempo em que a pessoa esteve com a gente.
Com nosso novo plano estratégico, evoluções na nossa cultura, novos modelos de operação e de remuneração e novas equipes, estamos certos de que estamos dando as melhores condições para que nossas metas ambiciosas para a Riot sejam atingidas. Mas alguns Rioters podem não compartilhar dessa mesma confiança. Pode ser que não estejam empolgados com nossa estratégia ou não se sintam bem com nosso novo modelo operacional. Eles podem não gostar das mudanças que estamos fazendo em nossa cultura ou dos nossos planos de voltar ao escritório com modelo de trabalho flexível. Ou talvez estejam vendo esse momento de transição como uma oportunidade de explorar algo diferente fora da Riot.
Para quem não estiver de acordo com tudo acima e comprometido com as coisas que queremos fazer para os jogadores, não haverá ressentimentos. Queremos que todos os Rioters se sintam empolgados, apoiados e animados para a próxima fase da nossa escalada.
Esse novo Queue Dodge dará a Rioters que desejam sair a oportunidade de fazer isso tranquilamente, sem questionamentos. Rioters que optarem pelo Queue Dodge receberão 25% do seu salário base com 3 meses de benefícios COBRA, quando aplicável. Rioters que usarem o Queue Dodge também receberão seus bônus completos, mesmo que saiam antes de serem pagos (final de março na maioria dos escritórios).
Ninguém deve sentir qualquer pressão para ficar ou sair da Riot. O que quer que decidam é a decisão certa para eles. Se estiverem animados com o que virá e quiserem ficar na Riot, ótimo. Se estiverem hesitando e essas medidas facilitarem sua saída, tudo bem também.
2022 e além
Quando entrei na Riot, nunca imaginei que QUALQUER uma das coisas que conquistamos no ano passado fossem possíveis. Mas espero que toda a Riot possa se juntar a mim na crença de que as possibilidades do futuro são infinitas.
Antes de terminar, quero agradecer a cada Rioter que nos ajudou a chegar até aqui. Quero agradecer aos parceiros, patrocinadores e fornecedores que nos apoiaram. Mas, acima de tudo, quero agradecer a todos os jogadores que nos inspiram a sonhar mais alto e sempre nos esforçar mais para chegar ao topo da montanha e nos tornar a empresa de jogos mais focada nos jogadores do mundo.
- nicolo
Nicolo "nicolo" Laurent
Nicolo "nicolo" Laurent é CEO da Riot Games. Jogador de Sona (que caiu do Ouro) e Pyke, fã do Brolaf e francês até demais. Como CEO, Nicolo gerencia os processos de estratégia e execução para garantir que a Riot continuará oferecendo experiências da mais alta qualidade aos jogadores... Ou pelo menos é o que ele gosta de dizer a si mesmo enquanto joga "para saber mais sobre seus produtos".